Sia filme autista

pessoas … Sia …

 

Escrito e dirigido por Sia, e, se você não sabe quem é, é uma cantora pop Australiana mais conhecida pela sua música Chandelier e por usar perucas que a faz parecer com Ongo Gablogian, Music foi originalmente filmado em 2017 e finalmente lançado em serviços de streaming em Fevereiro depois de um tempo limitado nos cinemas da Australia.

E é o equivalente a um natimorto atrasado cinematográfico. Sendo criticado por críticos profissionais, o público em geral, e especialmente os membros da comunidade autista que o filme clama que honra. O filme que eles removeram digitalmente todos os c*s dos personagens de computação gráfica pois alguém pensou que seria uma boa ideia incluir desde o começo, foi melhor recebido que esse filme! E nós vamos falar do porque. Music conta a estória de uma traficante de drogas e alcoólatra em recuperação, Zu, interpretada por Kate Hudson, que depois da morte de sua avó, de repente virou a única guardiã da sua irmã mais nova que tem autismo não verbal, Music, interpretada por Maddie Ziegler. Rapidinho - se você é um pai que escolheu chamar a sua filha de ‘Music’, você provavelmente deveria ser colocado em algum tipo de lista.

E não ser permitido entrar em lugar nenhum. Nunca…. Não sendo sua praia, Zu desenvolve uma relação com o vizinho Ebo, que ensina ela a como lidar com Music (de uma maneira catastroficamente errada, mas já falaremos sobre isso..). De forma previsível, os dois ficam juntos no final, mesmo não tendo nenhuma química, e Zu aceita o seu papel como cuidadora da Music, enquanto Music aprende a se expressar pelo canto. Não vale a pena entrar em detalhes do enredo a não ser quando é relevante às controversas envolvendo o filme. E é por isso que estamos aqui. E mesmo as ignorando, não é um bom filme. É entediante, é mais arrastado do que o tempo de duração curto iria sugerir, tem um ritmo horrível, e faz muito daquela terrível câmera balançando que eu odeio demais.

Alguns pontos do enredo não fazem sentido ou são mal estabelecidos, os personagens são escritos de forma fraca, e as atuações são, no máximo, decentes. O filme explora pouco os seus temas sérios, e os explora de forma ruim. Deus sabe porque isso foi nomeado a dois Globos de Ouro.

Não venceu nenhum, Globos de Ouro é

Uma piada, mas mesmo assim.

É claro que, a sombra que paira sobre isso, foi a escalação da Maddie Ziegler que não tem autismo para interpretar um personagem autista, uma decisão que levou a crítica em massa da comunidade autista depois do trailer ter sido lançado em Novembro. O problema de representação na mídia é extremamente complexo e um que não posso entrar em detalhes dentro do escopo desse vídeo, mas se verem representados de forma apropriada na mídia *é* importante para vários membros de comunidades historicamente-marginalizadas. Especialmente dado o histórico variado até esse momento. E um grande número de pessoas no espectro do autismo ficaram infelizes com essa escalação, vendo como mais um exemplo de oportunidade perdida por representação, perguntando o motivo de não escolherem uma atriz autista pro papel, acusando Sia de capacitismo.

Agora, a coisa sensata para Sia fazer seria uma nota a imprensa usando uma agencia de RP, ou fazer uma entrevista, ou qualquer coisa remotamente profissional. Invés disso, ela agiu da pior forma possível, e respondeu diretamente as pessoas dessatisfeitas no Twitter. E com cada resposta, o buraco que ela continuava cavar pra si mesma ficava mais e mais fundo. Ela clamou que ela originalmente trabalhou com uma atriz não verbal mas que a experiência foi muito estressante, e que escalar alguém nesse nível de funcionamento seria 'cruel'. Ela achou que escalar Maddie seria mais “solidário”, e ''representaria melhor a comunidade''. Ongo: “MENTIRA!”. Ela parece ser alguém… que se emociona muito fácil… “Eu choro com- umm Master Chef Junior!” *Risada* "Então!". E quando atores autistas e grupos ativistas para autistas chamaram sua atenção por essas desculpas ruins, as suas respostas começaram a ficar mais defensivas e hostis.

“Que mentira p***a, você não tem-” “Me desculpa, eu não consigo fazer sotaque Australiano.” “Que mentira p***a, você não tem ideia do que aconteceu, você não estava lá! “Grrr f**a-se p***a! Por que você não assiste meu filme antes de julgar! Fúria!”. Ah, vergonha alheia da p***a, Sia, o que você está fazendo ? "Vários atores autistas, inclusive eu, respondeu a esses tweets. Todos nós dissemos que poderíamos atuar no filme em cima da hora." "Essas desculpas são só isso: desculpas. O fato é que nenhum esforço foi feito em incluir alguém que é realmente autista. #nothingaboutuswithoutus" “Talvez você seja um ator ruim.”. Ah não, ah Sia, não! Não, o que você está fazendo?! Isso é RP ruim do nível da Amy's Baking Company! "Que esse filme é para eles, e e se pudermos tentar manter nossos egos fora disso, seria ótimo!". Ela também usou a desculpa que ela escalou pessoas trans e neuroatipico no filme, “e não como a p***a de prostitutas ou viciados em drogas.”. Uma declaração que recebeu sua própria reação e que transmite esse tipo de energia.

“Se você expulsar todo Latino de seu país, então quem vai limpar seu banheiro, Donald Trump?!” "Ah isso é não não " "No sentido de que- você sabe o que quero dizer, tipo-". Mais tarde ela se desculpou e não só deletou esses tweets, mas também sua conta do Twitter. Porém, entrevistas que ela deu meses depois desse show, mostram que ela não aprendeu muito. Eu não aceito que ela não podia achar uma atriz boa o suficiente que estivesse no espectro, e a desculpa se torna menos crível quando você aprende sobre a sua relação com Maddie. Descrever como ‘próxima’ não seria o suficiente. Começando por Chandelier, Maddie apareceu em vários vídeos musicais da Sia, e Sia disse que ela não queria fazer nada que não envolvesse a Maddie. "Pois eu não posso fazer um projeto sem ela, eu não quero. Eu não estaria fazendo arte se não incluísse ela.".

A relação passou de ser só amizade e mais uma dinâmica mãe e filha, com Sia considerando Maddie como sua “musa”. "E Maddie Ziegler, é minha pequena musa dançarina/filha adotiva.". Ela também expressou o desejo de ''salvar'' Maddie da influência de outros adultos, como por exemplo Abbie Lee Miller de Dance Moms, o primeiro programa onde Maddie chamou atenção. E para “protege-la”, criando vários papéis para ela. "Eu quero trabalhar com ela até o dia que eu morrer.

Eu realmente quero continuar escrevendo projetos para

Ela para manter-la segura." *risada*.

Ela convenceu Maddie a recusar um papel

Que ela pensou que seria ruim pra sua carreira, e como a maioria de suas declarações, acabou sendo muito irônico.

"Ela até recentemente recebeu uma proposta de um papel num filme mas senti que não era bom o suficiente para ela," "então eu liguei para Melissa e eu tava, tipo, 'Por favor não faça isso, tipo, isso não é bom para carreira dela.'" "'não é bom para a credibilidade a longo prazo, isso não é um bom, tipo, coadjuvante para estar junto em um filme.' E ".

Elas até fizeram quarentena juntas na mesma casa, e tiveram varias noites do pijama onde dormiam na mesma cama. “E na verdade eu tenho 1000 camisas que eu fiz escrito "Mãe Bônus” e é a única coisa que eu visto!" *RISADA*. Mas que p***a?! Sejamos honestos, isso foi bem estranho. E isso explica o por que Sia ter tido um ataque no Twitter defendendo a Maddie e o porque ela foi direto para escalar Maddie depois da primeira atriz não funcionar. ONGO: “Isso! Isso, eu amo muito! Eu quero! Isso é tudo!”. Ela até admitiu abertamente que sua decisão foi feita por nepotismo. "E eu percebi que não era capacetismo - quer dizer é capacetismo Eu- acho que também é, mas na verdade é nepotismo.". E já que ela declarou que não quer fazer nada sem a Maddie, estou fortemente inclinado a acreditar que ela queria escalar ela desde o começo, mas tinha que criar uma desculpa.

SIA: "Bem, ela- é Na verdade eu escrevi um filme para ela, então ela não faz mais vídeos musicais.". Interviewer: "Você escreveu roteiro de um filme?" SIA: "Sim!". Agora, eu não culpo a Maddie por isso. Ela tinha 14 anos na época, claramente sobre a influência de uma figura materna, e extremamente despreparada para interpretar essa personagem. Mesmo que ingênua, ela parece ter tido as melhores das intenções, e até expressou objeções sobre isso. "E Maddie chegou e na época ela estava morando do outro lado da minha rua." "E eu podia ver que algo estava errado com ela. Ela estava pálida e não estava diferente de como ela é." "E eu a conheço desde que ela tinha 11 anos, agora ela tem 14. E eu tava tipo 'Querida, o que houve? Tem alguma coisa errada?'" "E ela começou a chorar muito e disse 'Eu não quero que ninguém pense que to zombando deles!'" "E eu tava tipo: 'Ah, querida! Tipo, eu não vou deixar isso acontecer.' Eu tava tipo 'Eu prometo que não vou deixar isso acontecer!'".

Mas que m***a Sia… Se você tem que ter essa conversa, você está provavelmente fazendo algo errado! “E também, você pode ter o produto final!" "Como eu disse, se tem algo que te faz desconfortável, você decide o produto final.”. Mas ela é uma jovem adolescente, e você é uma figura materna para ela, então não faz diferença o que você falar pra ela, ela não vai querer dizer não à você, e é incrivelmente injusto colocar nos ombros dela invés dos seus! E mesmo se você não tiver problema com a escalação de uma atriz não autista para interpretar um personagem autista - que ainda é um debate em andamento e é para as pessoas autistas decidirem - o que você não pode negar é que eles acabaram apresentando um personagem autista da maneira errada.

Eles acertaram ao reconhecer que as pessoas no espectro do autismo são diferentes umas das outras, e que é impossível representar todas elas em um personagem. Mas invés de representar uma forma específica de autismo, aparentemente com medo que elas ofenderiam alguém. “Talvez por eu estar com medo de- Se eu fosse clara qual era o diagnóstico, eu iria ofender alguém.". Invés disso eles decidiram criar seu próprio personagem autista juntando várias características estereotipadas atribuídas a pessoas autistas, resultando em algo que foi denunciado por vários como uma caricatura ofensiva. Vou deixar algo claro, eu não sou autista, e não estou tentando falar pelas pessoas que são ou ficar ofendido em seu lugar. Eles são mais do que capazes de fazerem isso por si mesmos, e realmente fizeram.

Há vários vídeos no de pessoas autistas dando suas perspectivas sobre o filme, os quais eu recomendo vocês checarem. Mas só porque não me afeta pessoalmente, isso não quer dizer que não posso reconhecer que isso é ofensivo. Online, eu não vi uma única pessoa autista expressar nada além de desprezo quanto a esse filme e sua representação. E dado as reações de alguns dos meu fãs que estão no espectro, Eu acho que estou numa boa posição para falar que -de forma leve - esse filme é problemático. A personagem é um estereótipo ambulante, tendo características que uma pessoa autista pode ter, como ser não verbal, ser sensível a estímulos, ter vocalizações repetidas e movimentos de mão, e assim por diante. Mas é raro que alguém possa ter todas essas características que Music tem, e é claro que elas não parecem naturais para essa atriz, e é por isso que é considerado uma caricatura insensível. É como quando Cartman, de forma falsa, tentou entrar nas Paraolimpíadas, exceto que lá, foi para ele estar errado na situação. “CARTMAN! DEYH!”.

Também me lembra de Simple Jack em Trovão Tropical, exceto que o ponto daquilo foi zombar de atores habilitados que interpretam deficientes, exatamente o que esse filme está fazendo! Porém, diferente daquela vez que Gary Oldman interpretou um anão em Tiptoes (Si, isso é real, eu até fiz um vídeo).

Eu duvido que esse problema teria sido

Resolvido se tivesse sido interpretada por uma atriz autista.

Mas o fato que ela não é faz isso ser cem vezes pior. Eu acredito neles quando eles dizem que nunca tiveram a intenção de ofender ou magoar alguém, mas eles fu****m demais com isso. E é muito claro que eles não só não fizeram uma pesquisa adequada, mas também não procuraram ajuda com a comunidade autista. Sia clama que ela tinha duas pessoas autistas dando conselho o tempo todo, Mas julgando pelo o que eu vi nas entrevistas, ela parece estar cercada por ''Sim senhores e habilitadores. “Então algumas pessoas começaram a me dizer "Não, você é a diretora, você deveria fazer o filme sozinha! Tipo, você deve fazer!"”. Então mesmo se isso for verdade, eles provavelmente não estão na melhor posição para falar algo.

Então não significa muita coisa. E como mais tarde ela admitiu, falar com só duas pessoas autistas não é uma boa maneira de medir as experiências de uma comunidade inteira. Caridades e grupos de ativismo autistas teriam sido um bom caminho a percorrer, mas eles só foram consultados depois do filme ter sido completado, e isso é um jeito contrário de abordar se você está tentando ''representar carinhosamente a comunidade''. E *Risada* quando ela decidiu trazer um dos grupos a bordo, ela não conseguiu acertar nem isso! Pois ela decidiu trabalhar com… Autism Speaks. Eu não vou entrar em detalhes do porque Autism Speaks foi uma péssima escolha. Se quiser saber mais, dê uma olhada nesse vídeo, colocarei o link na descrição. Só saiba que eles são extremamente controversos na comunidade autista, e eles tem sido abertamente criticados pelos seus métodos e abordagens. Pense neles como sendo uma PETA só que pra autismo.

Mas discutivelmente piores. Quando ela foi avisada sobre isso no twitter, A resposta da Sia foi “ah m***a.” como que você passa três anos pesquisando sobre autismo e não descobre que o Autism Speaks é controverso? Huh, Isso foi fácil…. E quando até o Autism Speals denuncia o seu filme, Você sabe que você fez m****a. Mas como eu disse, eles claramente não pesquisaram apropriadamente. Sia disse que se inspirou em e queria recriar filmes antigos ‘Feelgood’ como Rain Man - Encontro de Irmãos. “Eu queria fazer tipo como os filmes antigos. Você sabe, tipo aqueles, Forrest Gump e Rain Man e-” “Você sabe, eu descreveria brevemente este filme como Rain Man: O Musical. Umm mas com garotas!”.

Mas Dustin Hoffman trabalhou com pessoas autistas e suas famílias por mais de um ano para poder entender melhor as suas experiências, assim como passar bastante tempo com o sábio Kim Peek, a inspiração para seu personagem no filme. e da pra perceber essa dedicação na sua performance no filme. Mas a pesquisa de Maddie envolvia assistir vídeos de crianças autistas passando por crises. Articles esses que foram publicados pelos seus próprios pais! E eu realmente espero não precisar explicar o quão desconcertante isso é…. E a performance de Leonardo DiCaprio em Gilbert Grape - Aprendiz de Sonhador. Exceto que o seu personagem não era autista naquele filme. Ele aparenta ser mentalmente incapacitado, o que não é a mesma coisa. Mas mesmo se o seu personagem *estivesse* no espectro de autismo, isso é uma péssimas maneira de pesquisar.

Como representar uma pessoa autista! Isso é pior do que assistir o Keanu Reeves em Drácula para aprender a fazer um sotaque britânico! (em sotaque britânico) “Sim, claro, senhor. Se eu puder perguntar, o que em fato aconteceu com o Sr. Renfield na Translyvania?”.

Por que eles não passaram mais tempo

Com mais pessoas que realmente são autistas?! ia ser tão difícil assim?! essa abordagem também explica por que, apesar do título do filme e toda essa conversa sobre representar o autismo, music não é realmente o foco do filme.

O personagem dela inteiro é ser autista.

Na verdade, ela não é uma personagem, ela é um adereço! Ela serve como um catalisador para a mudança em outros, mas continua mais ou menos a mesma. Ela existe basicamente para facilitar o relacionamento entre Zu e Ebo, E é tratada mais como um bicho de estimação do que uma pessoa com autonomia. Existem diversas cenas aonde outros personagens minimizam ou menosprezam o seu arbítrio.

Em um momento, Ebo - que deveria saber do que ele está falando - diz que ela é incapaz de mudar. “Não estou falando que ela não quer mudar. Estou falando que ela não consegue mudar.”. Que é uma maneira horrível de pensar sobre qualquer um, especialmente quando você é o único que supostamente sabe cuidar dela! MAS QUE P****A?! E essa entrevistadora até inadvertidamente compara Music a um objeto, e Sia não faz nada para corrigi-la. “É quase como um paralelo com a estória principal aqui! Que é aqui esta pessoa que não pode falar," "sabe, ela pode muito bem ser um objeto inanimado como uma peruca, só que tem tanta coisa acontecendo lá!" (Essa entrevista inteira é uma mina de ouro de vergonha alheia por sinal). Mas é pior do que a Music ser um objeto. Ela é constantemente infantilizada. “É puro! E é isso que eu sempre achei com as pessoas de habilidades especiais pelo qual eu me apaixonei é essa 'pureza'.".

Music é retratada como sendo inocente e infantil, e de acordo com as afirmações de Sia sobre ela ter “habilidades especiais”, ela vê o mundo de uma forma fantástica, e esta é a justificativa para os clipes musicais que intercalam o filme, Que deveriam representar as suas interpretação da realidade. Afinal, isso é um musical, o que é meio estranho porque Sia repetidamente diz que odeia musicais. "Ninguém está começando a cantar, é um-" “Eu odeio musicais!” *Rindo* "Eu literalmente odeio, odeio, odeio, detesto musicais! E isso é notável, à medida que as músicas se prolongam por tempo demais e nenhuma delas realmente se destaca. Ah, e há várias cenas envolvendo iluminação estroboscópica que pode causar convulsões. Em pessoas com Epilepsia Fotossensível, Inclusive nos primeiros 30 segundos do filme, sem aviso! Então é. Obrigado por isso Sia, Bom trabalho. Ah, e muitos autistas têm problemas com sobrecarga sensorial. Se houver muitos estímulos chegando, pode ser difícil para eles processarem e às vezes muito angustiante.

então, se você quer que pessoas autistas assistam o seu filme, Sia… talvez não faça os clipes musicais bem altos e brilhantes! “E para os musicais eu queria que fossem de cor com densidade muito alta.”. Mas voltando à Music, seu autismo não verbal é retratado como um tipo de coisa maravilhosa, o que é melhor do que demonizá-la eu acho, mas também é muito paternalista. Ela é como uma espécie de alienígena fofa. Pessoas autistas não veem o mundo assim dessa maneira caprichosa e esta é uma interpretação condescendente das suas experiências. Pessoas autistas, são apenas isso: pessoas. E elas merecem ser tratadas como tal, com verrugas e tudo. South Park, uma série que teve um episódio chamado “Briga de Aleijado”, mostrou aos seus personagens deficientes mais respeito do que Music deu! Até a p***a do Mac & Me - um dos os piores filmes já feitos - tratou melhor a representação do que esse pedaço de m***a! o quão triste é isso?! E tudo na vida da Music é sol e arco-íris, e não a vemos passando pelas dificuldades e estigma social que muitos autistas infelizmente vivenciam.

A coisa toda é tão lamentavelmente surda.

O que é engraçado vindo de um músico. “O que eu queria fazer era quebrar seu coração, e depois juntá-lo novamente e dar a você um final feliz de Hollywood” *Esta* é uma fantasia de bem-estar, um exemplo clássico de pornô inspiracional que foi feito para fazer seu criador se sentir melhor consigo mesmo sem realmente fazer nada para ajudar as pessoas que alegam ajudar! “Que estamos aqui porque nos importamos a comunidade do autismo, e nos preocupamos com os cuidadores,” “e nos preocupamos com todas as pessoas no espectro e todos aqueles que não estão sendo representados no filme.”.

Mas se isso fosse verdade, Sia, então você deveria ter feito sua lição de casa corretamente e não descartar aqueles autistas que levantaram preocupações sobre o que você estava fazendo! E não há absolutamente nenhuma desculpa para ter incluído as duas piores cenas de todo o filme, que fazem Music ser mais do que só mais um filme mal pesquisado, ofensivo e condescendente, e o colocam em território realmente perigoso.

Não há uma, mas *duas* cenas onde amarras são usadas na Music enquanto ela está em aflição. Ambos os métodos como eles são retratados são perigosos, e quando eu assisti isso com a minha namorada que é treinada em intervenção de crise adequada e técnicas de diminuição, ela ficou horrorizada. Essas cenas são um pouco angustiantes e foi me dito que eles podem provocar angústia Na primeira cena, Ebo a pega e depois a joga direto no chão, em seguida, deita em cima dela em decúbito dorsal, pressionando-a no chão, dizendo que ele está "esmagando ela com seu amor", o que soa incrivelmente perturbador! Esta absolutamente *não é* uma maneira apropriada de ajudar a Music a acalmar-se ou expressar o que ela precisa nesta situação, e é provável de causar-lhe mais estresse agora e no futuro.

E nem é seguro para ele porque

Ela ainda poderia lhe dar uma cabeçada, cuspir nele ou mordê-lo.

Existem técnicas adequadas que fazem uso da pressão para acalmar uma pessoa e fazê-la sentir-se segura, mas este *definitivamente* não é um deles! Na segunda cena, Ebo incentiva e ensina Zu a subir em cima da Music e prendê-la totalmente no chão em posição prona. O que é ainda mais perigoso do que uma contenção supina. Eles não fazem nenhum esforço para diminuir ou encorajar ela para comunicar o que está causando sua angústia, ou para levá-la para longe da situação. Eles vão direto de zero a 100 colocando-a em uma posição que foi comprovada em várias ocasiões de ser potencialmente letal! Esta é uma das piores maneiras de conter alguém, e só deve ser usado como último recurso em uma emergência e mesmo assim apenas em certas pessoas. Mas não é assim que essas restrições são retratadas no filme, e esse contexto é importante. Se o filme estivesse condenando isso, seria uma história diferente. Mas Ebo é apresentado como alguém quem sabe o que está fazendo, e em ambas as ocasiões estes se mostram os métodos certos para acalmar a Music. E é um sinal do crescimento de Zu como cuidadora que ela é capaz de usar esta técnica.

Você está começando a ver como absolutamente f*dido isso é?! Algumas pessoas que viram este filme e não tem nenhum outro contexto ou compreensão da vida dos autistas ou como atender às suas necessidades vão pensar que isso é aceitável, quando não poderia ser mais abominável! E é por isso que este filme não é apenas ignorante, é perigoso.

Eu quero ficar bravo com isso, mas eu estou principalmente apenas pasmo com a forma como eles pensaram que isso foi de alguma forma aceitável. tipo, mas que p*rra Sia?! A fim de cobrir sua bunda após a indignação resultante, Sia disse que um aviso seria adicionado ao início do filme. Que "Music de forma alguma endossa ou recomenda o uso de contenção em pessoas autistas”. Que é besteira completa! Você não pode ter as duas coisas, Sia! Ela também disse que planeja “remover a cena de restrição de todas as impressões futuras”, mas este foi um lançamento digital, então por que já não poderia removê-los? Na verdade, por que ela filmou eles em primeiro lugar?! Você fez três anos de pesquisa e pensou que estava tudo bem?! O que você estava fazendo o tempo todo?! ASSISTINDO FILMES DE SHANE BLACK?! “Você sabe que muitos especialistas dizem que estar no espectro não é realmente um distúrbio.” “Na verdade, é o próximo passo na cadeia evolutiva.” “Você precisa calar a p*rra da boca!”.

Ela diz que o filme foi inspirado por um amigo autista de baixo funcionamento dela, mas isso deveria ter sido ainda mais motivos para acertar! Ela ficaria bem com isso acontecendo com sua amiga?! Ela pode ter tido boas intenções, mas ela claramente não tinha ideia do que estava fazendo e aparece como uma grande idiota.

E apesar de mais ou menos se desculpar, ela continuou a fazer comentários condescendentes sobre pessoas neurodivergentes, que não me dá muita fé em seus poderes de introspecção. Ela parece não saber o que ela queria como diretora, e a maneira como ela descreve o processo, parece como se fosse muito caótico e desorganizado.

E eles passaram quatro anos reeditando este filme para conseguir algo que ela considerasse valer a pena liberar, que é apenas uma prova sólida de que não importa o quão duro você tenta, você não pode polir um cocô. E não importa como você olhe para isso, parece ser um projeto de vaidade. Deve vir como absolutamente nenhuma surpresa que ela se da uma participação especial. Como uma estrela pop que quer que Zu, a traficante de drogas compre analgésicos prescritos nas ruas para que ela possa levá-los para crianças no Haiti que precisa deles para cirurgia “Popstars sem fronteiras!”. Parece que ela estava tentando para fazer uma piada autoconsciente aqui, mas inadvertidamente a faz parecer ainda mais sem noção do que ela já era. “Pedi a Vince, meu produtor, para me ajudar, e ele veio e ele sussurrou em meu ouvido em um dos momentos: “‘Você está parecendo um pouco antipática. É isso o que você quer?” E eu fiquei tipo “Sim! Sim!” *Risos*. De fato, durante a minha pesquisa, ela pareceu estar delirante.

“Eu realmente acredito que acabamos com o melhor filme porque nós viemos trabalhar para trabalhar todos os dias com boas intenções.” “Este é o meu último grande hurra! Tipo, estou muito orgulhosa!”. Que nota para terminar…. Esse filme foi um desperdício de potencial. Eles tiveram uma grande oportunidade de contar uma história sobre como é a vida para uma pessoa autista. De baixo funcionamento com ecolalia, para mostrar como tal pessoa poderia aprender para se expressar através da música, e dizer algo sobre o quão autistas são tratados em nossa sociedade. Em vez disso, eles apresentam essa visão capacitista e e muito superficial sobre este tópico, perpetuando estereótipos ofensivos sobre autistas e ter tudo acabar com tudo bonitão e tranquilo para Music apesar de quão grosseiramente irresponsáveis e mal informados todos os adultos em sua vida são. *Zu gritando*. Sim, grite seus pulmões fora ao lado de uma pessoa você sabe que é sensível a som.

Bom trabalho. O personagem autista que eles fizeram uma grande coisa sobre representar, fica em segundo plano para os personagens não autistas que são chatos e antipáticos. E os outros temas do filme - como pobreza, vício e HIV - só são explorados no nível mais básico e insatisfatório. Ah sim, Ebo tem HIV, mas é tão inconsequente como a participação especial de 30 segundos do Henry Rollins. Ah, e tem esse trama secundário com esse menino, que não vai a lugar nenhum. E eu nem falei sobre as acusações de blackface ou sobre Ebo ser chamado do personagem “negro mágico”. Que eu mesmo não vejo, mas eu nem vou tocar nisso…. E há um monte de outras coisas que eu poderia reclamar, mas nada disso importa em comparação, então quem dá a f*da? Vocês captaram a ideia.

Eu regularmente me coloco a disposição de filmes terríveis para viver, mas Eu não me senti tão desconfortável assistindo a um filme em um longo tempo…. Não compre essa b*sta, nem mesmo por curiosidade mórbida. Nunca se aproxima do território engraçado-ruim, e a vergonha alheia não vale a pena. Para compensar o fato de que eu tive que gastar dinheiro com isso, Eu joguei um pouco de dinheiro para algumas causas dignas. E eu sugiro que vocês façam algo parecido. Vamos fazer algo bom com esse show de m*rda. Às vezes, boas intenções não são suficientes. Você também precisa ouvir, e você precisa aprender.